quarta-feira, 31 de agosto de 2011

CONCLUSÃO- Paloma de Lima Rocha Nº27 2ºEmD

Esse trabalho eu resolvi fazer o resumo por tópicos,falando o que eu entendi de cada doença.
-Cirrose
As hepatites crônicas pelos vírus B e C,O alcoolismo,As hepatites por medicamentos; Hepatite Autoimune,Esteatohepatite não-alcoólica (NASH)
A doença não apresenta sintomas padronizados, ou seja, podem ser diversos e também não se manifesta logo no início da doença e sim quando ela já esta num estagio bem avançado.
O melhor método para prevenção da cirrose de origem viral é a vacinação para hepatite B, já no caso do álcool é evidente que é necessário evitar seu uso em excesso.

-Obstrução intestinal
Nada mais é que o impedimento do mecanismo de digestão, seus sintomas na maioria das vezes são dores abdominais, vômitos, Crises recorrentes de dor, por vezes muito intensas. A intensidade dos sintomas depende da localização e grau de obstrução.
O único tratamento é a intervenção cirúrgica em que o medico retira a causa da obstrução , ou se ocaso for mais grave é necessário colocar um anus artificial (uma bolsa na parede abdominal  fixada  ao estomago
-Gastrite
A gastrite é uma inflamação do epitélio estomacal,
Gastrite aguda é basicamente causada por medicamentos, estrese, entre outros.
Gastrite crônica causada pela  bactéria Helicobacter pylori pode determinar uma gastrite crônica. Esta bactéria vive muito bem em ambientes ácidos, como é o caso do estômago.
Gastrite crônica atrófica Ocorre quando os anticorpos atacam o revestimento mucoso do estômago,
Sintomas: Alguns sintomas da gastrite são: dor e queimação no abdômen, azia .
perda do apetite, náuseas e vômitos, distensão epigástrica.

Bom acima esta uma pequena conclusão do que eu entendi sobre as doenças do sistema digestorio,podendo assim prevenir-me e prevenir todos a minha voltas dando dicas, e sempre atenta aos sintomas

Paloma de Lima Rocha

terça-feira, 30 de agosto de 2011

CONCLUSÃO : Virginia Maia N° 35 2°D

Neste trabalho, podemos aprender o quanto as doenças digestórias são perigosas. Mas felizmente, existem tratamentos. Não são muito acessíveis para algumas pessoas, mas podemos dizer que são bastante eficazes, os resultados, são imediatos, se tratados rapidamente. Esse trabalho me ajudou muito fazendo com que eu aprendesse sobre as donças do sistema digestório e como eu posso previni-las, o Professor está usando esse novo método para que possamos aprender melhor sobre a matéria pois muitos alunos só copiam e colam da internet sem saber de nada, nesse trabalho nós tivemos de ler para podermos fazer esta conclusão. Devemos tomar cuidado para não contrairmos ou desenvolvermos essas donças e também podemos avisar as pessoas a nossa volta  porque seus tratamentos são muito caros e as vezes muito dolorosos para a pessoa.

Agora posso ficar mais atenta aos sintomas para não contrai-las e ajudar as outras pessoas para que não aconteca o mesmo.

CONCLUSÃO : Patricia Rodrigues N° 29 2°D

Conclusão

Conclui que no sistema digestorio tem varias doenças, todas são graves e devem ser tratadas rapidamente. Todas com seus devidos sintomas e que depois de descoberta as precauções a serem seguidos.
A gastrite é uma inflamação que tem no epitélio estomacal, tem dois tipos a aguda e a crônica; Os sintomas são dor, queimação, azia, náuseas, vômitos e etc. nos dois tipos tem um agente causador e quando ele é encontrado passa a ser evitado. Não devemos tomar remédios pois ao invés de melhor irá piorar, sal de frutas e eno são coisas acidas e também devem ser evitados.
O câncer no intestino é um dos mais freqüentes tumores no sistema digestivo, muitas pessoas morrem com essa doença, pois é algo extremamente complicado. Esse câncer é muito freqüente no intestino grosso. Acredita-se que o causador é a dieta com alto teor de gordura, idade, pólipos, história familiar de câncer intestinal.Os exames para diagnósticos são toque retal e colonoscopia.
A obstrução intestinal acontece quando os mecanismos neuroendócrinos fazem com que o material contido neles migre. Principais causas são traumatismos, diverticulite, Hérnias abdominais, vermes e etc. Sintomas são dor abdominal aguda, vômitos, paragem da emissão de gases e fezes. O único tratamento é intervenção cirúrgica.
Ulcera são lesões superficiais em tecido cutâneo ou mucoso. Tipos de ulcera são úlceras cutâneas, úlceras mucosas, úlceras serosas e úlceras complexas. O tratamento deve ser orientado por profissional habilitado. Exemplos de tratamento são : curativos simples, curativos especiais, medicações especificas, antibióticos e etc.
Cirrose é uma doença difusa no fígado, altera as funções das células e dos sistemas de canais biliares e sanguíneo. Desenvolve-se em indivíduos com inflamações crônicas no fígado. No inicio não tem muito sintomas mais com a doença em uma evolução maior, começa a surgir maiores sintomas que são: Perda de interesse sexual, impotência, esterilidade, perda de pelos parada de menstruações e etc.
Bom, com esse trabalho pude aprender mais sobre essas doenças e ficar alerta a esses sintomas e causas, que as vezes são bobos e nós nem percebemos que estamos fazendo.


CONCLUSÃO: TAYNÁ ARANTES Nº33 2ºEMD

CONCLUSÃO.



Com este trabalho pude concluir muitas coisas que eu não sabia, e tinha curiosidade em saber, também aprendi coisas novas, e muito importantes para que possamos nos proteger sobre muitas doenças que chegam até levar-nos a morte, ou também a de alguém muito querido.
Questionei muito ao professor, por conta deste trabalho, pois esse bimestre está muito complicado, porque tem muitos trabalhos para fazer, e também porque ele nos colocou em grupos diferentes, com pessoas que não somos tão " ligados ", pediu para fazermos um blog, apresentar o trabalho e ainda respondermos algumas perguntas feitas por ele, mas depois percebi que seria muito bom esse método, seria menos cansativo e mais fácil, e também poderíamos interagir um com os outros e com nossas diferenças, foi uma forma legal de se fazer esse trabalho.
Bom agora falando sobre o que aprendi, a minha parte de falar sobre as doenças foi a do câncer no intestino, não sabia de muitas coisas, e aprendi. Percebi que essa doença é uma das piores, e na minha opinião é a pior, porque    além de fazer a pessoa mudar seus hábitos completamente, ela vai matando aos poucos, por isso o certo é que a população comece a fazer diagnósticos e ver se na família não existiram ou existem pessoas que contenham essa doença, pois, ás vezes ela passada de geração em geração. 
Foi muito bom saber disso, pois entes queridos meus já morreram por conta disso, agora posso saber como me proteger e como proteger quem está ao meu lado sempre.
Saber sobre todas as doenças me fizeram muito bem, pois assim minha mente fica mais aberta e mais atenta aos sintomas. Considerei esse trabalho ótimo e espero que existam mais dessa maneira.

Cirrose

CIRROSE


A cirrose é uma doença difusa do fígado, que altera as funções das suas células e dos sistemas de canais biliares e sanguíneos.
É o resultado de diversos processos, entre os quais, a morte de células do fígado e a produção de um tecido fibroso não funcionante. Isto prejudica toda a estrutura e o trabalho do fígado.


COMO SE ADQUIRE E COMO SE DESENVOLVE?


Após períodos variáveis de tempo, indivíduos com inflamações crônicas do fígado estão sujeitos a desenvolverem cirrose.
Não é possível prever quais as pessoas com doença de fígado que terão cirrose.
As causas mais comuns são:
As hepatites crônicas pelos vírus B e C
O alcoolismo.
As hepatites por medicamentos;
Hepatite Autoimune
Esteatohepatite não-alcoólica (NASH)


Sintomas:


A doença se desenvolve lentamente e nada pode ser percebido por muitos anos. A cirrose por si mesma dificilmente causa sintomas em seu início, porém, com a evolução para estágios mais avançados, o insuficiente funcionamento do fígado leva ao aparecimento de diversas manifestações.


Dependendo do paciente e da causa da cirrose poderão ser predominantes sintomas de um ou mais grupos.
As alterações relacionadas aos hormônios são:


Perda de interesse sexual;
Impotência;
Esterilidade;
Parada das menstruações;
Aumento das mamas dos homens;
Perda de pelos.
As alterações relacionadas à circulação do sangue no fígado (hipertensão da veia porta) levam a:
Aumento do baço
Varizes do esôfago e estômago com risco de hemorragias graves (vômito ou fezes com sangue)
Ascite (barriga d'água)
Devido à incapacidade do trabalho da célula hepática, acumula-se bile no sangue, surgindo a icterícia (amarelão), que pode estar associada à coceira no corpo.
Inchaço nas pernas;
Desnutrição (emagrecimento, atrofia muscular, unhas quebradiças);
Facilidade de sangramento (gengiva, nariz, pele);
Escurecimento da pele.
A Encefalopatia Hepática (EpH) – síndrome com alterações cerebrais decorrentes da má função hepática, produz:
Sonolência excessiva durante o dia e dificuldade de dormir a noite;
Agitação ou agressevidade no comportamento, dificuldade de escrever, de falar, de dirigir veículos, de cálculos simples.


COMO SE PREVINE?


A melhor prevenção das cirroses de origem viral é através da vacinação contra Hepatite B, dos rigorosos critérios de controle do sangue usado em transfusões, do uso de preservativos nas relações sexuais e do uso individualizado de seringas pelos usuários de drogas injetáveis. Destas formas, a cirrose causada pelas hepatites B e C podem ser minimizadas.
É necessário o tratamento dos portadores das hepatites crônicas B e C, antes que evoluam para cirrose. E nos portadores de cirrose inicial, para prevenir que cheguem a estágios mais avançados.
No caso do álcool, deve-se evitar o seu uso excessivo. É exigida a parada total do seu consumo em indivíduos com hepatite B ou C.
Apesar de apenas uma minoria das pessoas que bebem demais terem cirrose, o risco aumenta proporcionalmente à quantidade e ao tempo de consumo. Não é possível precisar que quantidade de álcool causará cirrose em determinada pessoa, entretanto, doses acima de 20g de álcool por dia, o equivalente a duas latas de cerveja ou duas taças de vinho, ou duas doses de destilado, são suficientes para, em certos homens, causar doença. Em mulheres, a metade desta dose, ou seja, 10 gramas de álcool por dia, já pode provocar cirrose.
Deve-se lembrar que pessoas aparentemente “resistentes” ao álcool, ou seja, que ingerem frequentemente bebidas, porém não ficam embriagadas (bêbadas), podem não ter o fígado tão resistente, e desenvolver cirrose sem nunca terem ficado bêbadas.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Úlcera


É o nome genérico dado a quaisquer lesões superficiais em tecido cutâneo ou mucoso, popularmente denominadas feridas. Nessas lesões ocorre a ruptura do epitélio, de modo a haver exposição de tecidos mais profundos à área rota. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica é exemplo de lesão que ocorre no estômago ou no duodeno (mais frequente), sendo mais susceptíveis a este grupo de úlceras as pessoas que sofrem de stress.


Tipos de Úlcera:
Quanto ao tipo de tecido acometido:
  • Úlceras cutâneas: são lesões que acometem a pele, podendo ocorrer em áreas não pilificadas ou em couro cabeludo;
  • Úlceras mucosas: são lesões que acometem a as mucosas, podendo ocorrer em mucosas externas (boca, narinas, glande peniana, intróito vaginal e ânus) ou em mucosas internas ao corpo (vias respiratórias, tubo digestivo, vias urinárias);
  • Úlceras serosas: são lesões que acometem serosas do corpo, como o peritônio;
  • Úlceras complexas: são lesões que acometem diversos tipos de tecidos ao longo de suas extensões ou profundidade, como, por exemplo, uma grande ferida que acometa simultaneamente a cavidade bucal e a pele adjacente aos lábios.

Quanto à etiologia:

  • Úlceras traumáticas: são ferimentos causados por agentes externos que lesam tecidos por impacto, abrasão, lesão por radiação ionizante, perfuração, laceração, sucção etc.
  • Úlceras de pressão: são ferimentos oriundos de degeneração progressiva de tecidos submetidos ao efeito contínuo da pressão mecânica contra área de pele;
  • Úlceras varicosas: são lesões que surgem espontaneamente ou a partir de pequenos traumas desproporcionalmente leves em áreas nas quais a pele foi se adelgaçando ao longo do tempo em função de dilatação progressiva de alguma porção de sistema venoso superficial. É muito mais frequente em porção mais distal de membros inferiores;
  • Úlceras isquêmicas: são lesões que surgem espontaneamente ou a partir de pequenos traumas desproporcionalmente leves em áreas nas quais a pele foi se adelgaçando ao longo do tempo em função de isquemia relativa persistente de tegumento, geralmente por insuficiência arterial crónica;
  • Úlceras de pé de diabético: são lesões que surgem geralmente a partir de pequenos traumas em áreas nas quais a pele foi se adelgaçando ao longo do tempo ou houve descolamento progressivo da interface derme / epiderme. Surge, possivelmente, devido à insuficiência arterial de microvasculatura cujo endotélio foi deteriorado em função do Diabetes. Habitualmente são feridas de muito difícil tratamento, passíveis de múltiplas intervenções cirúrgicas ao longo do tempo e onde se tem empregável com relativo sucesso a Oxigenoterapia hiperbárica. É muito mais frequente em pés ou porções mais distais de pernas, daí a alcunha: "de pé de diabético";
  • Úlceras por vasculite: são lesões que surgem espontaneamente em áreas nas quais se tenha observado estigmas de vasculite num período imediatamente prévio. A causa exacta do surgimento das lesões é incerta mas infere-se que surjam devido à isquemia progressiva e intensa do tecido irrigado por determinada artéria ou arteríola, cujas paredes se encontram com processo inflamatório consistente (que é a própria definição de vasculite), e que resulta na perda de vitalidade e, inclusive, de necrose deste tecido;
  • Úlceras pépticas: são lesões que surgem espontaneamente em áreas da mucosa de estômago (úlcera gástrica) ou duodeno (úlcera duodenal), possivelmente devidas à corrosão das paredes mucosas destas estruturas pelo suco gástrico. Há modalidades de úlceras nestas regiões que não se devem à corrosão por suco gástrico, contudo sendo muitissimamente raras. São conhecidos dois grandes modos de o suco gástrico induzir às lesões: por excesso de produção de suco gástrico ou por deficit na produção de muco protector. Há uma correlação estatística muito bem definida entre consumo de anti-inflamatórios e a redução de produção de muco gástrico protector, com aumento consequente de risco de desenvolvimento de lesão de mucosa. Há, também, correlação de maior incidência de lesões de mucosa gástrica e a colonização desta mucosa por uma bactéria denominada Helicobacter pylori;
  • Úlceras mistas: são combinações de factores acima dispostos que contribuem concorrentemente para o surgimento e manutenção das feridas.


Tratamentos de úlceras

O tratamento de úlceras cutâneas ou mucosas externas deve ser orientado por profissional habilitado para tanto e direcionado pelo tipo de úlcera e por características físicas da mesma, bem como por detalhes específicos de cada indivíduo acometido pelas mesmas. Actualmente, a medicina conta com inúmeros tratamentos possíveis para diversos tipos de feridas em suas mais diversas evoluções possíveis. Dentre eles, podem-se citar:
  • Curativos simples: empregáveis na maioria das feridas, têm seu efeito prático baseado na própria capacidade regenerativa do corpo humano (ou seja, a cicatrização espontânea) e sua eficácia aumentada por conceitos introduzidos por estudos médicos e biológicos (como o da higiene local, que aumenta a chance de não contaminação com subsequente evolução desfavorável;
  • Curativos especiais: diversos grupos de substâncias e aparatos são empregáveis no tratamento de diversos tipos diferentes de feridas. Em geral, para feridas complexas ou de difícil cicatrização, modalidades de cuidados especialmente desenhadas por profissionais especializados (médicos, enfermeiros especializados em estomatologia e feridas) tendem a ser empregadas com grande índice de sucesso no tratamento de tais feridas;
  • Medicações específicas;
  • Antibióticos / supressores de adesão bacteriana;
  • Oxigenoterapia hiperbárica: técnica que consiste em fornecer Oxigénio puro em ambiente pressurizado e que aumenta muito expressivamente a velocidade de regeneração de tecidos em feridas e a actividade de defesa do organismo contra infecções agudas e graves. Paralelamente também exibe elevadíssimo nível de sucesso em tratamentos de vasculites de etiologias diversas, infecções indolentes, doenças inflamatórias intestinais, grandes queimaduras, geladuras, amputações com reimplantes, síndromes vasculares complexas, esmagamentos, dentre outros usos. Empregável em feridas complexas com taxa de sucesso muito maior que outras terapêuticas frequentemente empregadas. Razoavelmente inerte e segura, tem se tornado a melhor opção de tratamento para feridas em geral.
  

Obstrução Intestinal

O intestino delgado e grosso são tubos destinados a dar passagem ao material que neles chega, mediante ondas propulsivas e progressivas, comandadas por mecanismos neuroendócrinos que funcionam de modo a fazer com que o material neles contido migre, normalmente, até ser acumulado na ampola retal e, posteriormente, mediante o reflexo da defecação, seja eliminado. Toda vez que tal mecanismo se acha impedido diz-se que existe uma obstrução intestinal.


•Algumas das Principais Causas
-Aderencia/Bridas(principalmente em pessoas que já sofreram cirurgia abdominal;)
-Traumatismos;
-Diverticulite;
-HérniasAbdominais (internas e externas);
-Vermes (ascaris) .


• Sintomas
Dor abdominal aguda, vómitos (os alimentos não progridem ao longo do tubo digestivo), paragem da emissão de gases e fezes. Distensão do abdómen, dilatado pelo intestino, que não consegue eliminar o seu conteúdo. Crises recorrentes de dor, por vezes muito intensas. A intensidade dos sintomas depende da localização e grau de obstrução.


•Algumas das Principais Causas
-Aderencia/Bridas(principalmente em pessoas que já sofreram cirurgia abdominal);
-Traumatismos;
-Diverticulite;
-HérniasAbdominais (internas e externas);
-Vermes (ascaris).


• Sintomas
Dor abdominal aguda, vómitos (os alimentos não progridem ao longo do tubo digestivo), paragem da emissão de gases e fezes. Distensão do abdómen, dilatado pelo intestino, que não consegue eliminar o seu conteúdo. Crises recorrentes de dor, por vezes muito intensas. A intensidade dos sintomas depende da localização e grau de obstrução


O único tratamento é a intervenção cirúrgica, uma vez que a causa da obstrução (obstáculo) deve ser eliminada rapidamente, pois de outro modo o doente corre risco de vir a sofrer complicações graves, até mesmo fatais. O cirurgião pode ter que colocar um ânus artificial*.


Em alguns casos muito específicos, não se opta por uma intervenção cirúrgica de urgência por duas razões: ou a operação exige uma determinada preparação ou o obstáculo não provoca obstrução total. Em qualquer caso, cabe ao cirurgião decidir






*Ânus Artificial
É uma bolsa externa, provisória ou definitiva. Faz-se uma incisão na parede abdominal pela qual se traz para o exterior um segmento de intestino que é aberto (estoma). A bolsa (impermeável aos odores) é presa ao estoma e mudada todos os dias. É provisória quando se aguarda que a obstrução seja eliminada. Quando não há forma de reestabelecer a continuidade do intestino, a bolsa torna-se definitiva e permite ao doente retomar a sua vida quotidiana.


Paloma de Lima Rocha Nº27 2ºEmD



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Gastrite

A gastrite é uma inflamação do epitélio estomacal , muitas vezes, tem diferente significado para os leigos e para os médicos.
O público , freqüentemente, usa o termo gastrite como queixa, representando vários desconfortos relacionados com o aparelho digestório.
O médico, após examinar o paciente e fazer os exames necessários, conclui que existe gastrite, inclusive, muitas vezes sem sintomas e outras vezes em que não existe significado clínico destacável.
As gastrites podem ser agudas ou crônicas.

-Tipos

Gastrite aguda
Gastrites agudas permitem uma abordagem mais simplificada, por serem de aparecimento súbito, evolução rápida e facilmente associadas a um agente:
  • Medicamentos , infecções e estresse físico ou psíquico podem levar a uma gastrite aguda.
  • Ácido acetil-salicílico ( aspirina , AAS), antiinflamatórios não esteróides, corticóides, bebidas alcoólicas e a ingestão acidental ou suicida de certas substâncias corrosivas são exemplos de agentes agressores.
  • Alimentos contaminados por germes, como bactérias, vírus, ou por suas toxinas são causa freqüente de inflamação aguda do estômago , como parte de uma infecção , genericamente conhecida como gastroenterite aguda.
Situação bastante conhecida é a hemorragia digestiva superior aguda, com vômitos e evacuações com sangue. Deve-se lembrar que o vômito apresenta como característica a cor vermelho "vivo", ou a presença de coagulos , o que se denomina hematêmese. Em relação à evacuação, como este sangue é digerido por bactérias no decorrer do trânsito intestinal, este se apresenta de cor enegrecida e com odor forte, chamado de melena.

Gastrite crônica
Em relação à gastrite crônica, também, existe muita confusão, principalmente no que se refere aos sintomas e à relação com os agentes causadores. Sabe-se que a bactéria Helicobacter pylori pode determinar uma gastrite crônica. Esta bactéria vive muito bem em ambientes ácidos, como é o caso do estômago. No entanto, o Helicobacter pylori leva à destruição da barreira protetora que reveste a mucosa do estômago , permitindo que o ácido gástrico agrida a própria mucosa gástrica, o que leva à inflamação da mesma, caracterizando a gastrite. Como a infecção pela bactérica é crônica, a inflamação também segue este padrão. Na gastrite crônica atrófica, situação em que diminuem muito as células da mucosa do estômago, existe considerável redução na produção do ácido gástrico, que é importante para a "esterilização" do que ingerimos e para a digestão dos alimentos. A gastrite atrófica deve ser vista com atenção pelo médico e paciente, já que a evolução desta forma de gastrite para a atrofia gástrica, está relacionada com o aumento da incidência de câncer de estômago. Por vezes, a bile que o fígado descarrega na porção inicial do intestino delgado (chamado de duodeno), reflui para o estômago, causando inflamação crônica.
Estes fatores, atuando isoladamente ou em conjunto, podem determinar gastrite crônica.

Gastrite crônica atrófica
Ocorre quando os anticorpos atacam o revestimento mucoso do estômago, provocando o seu adelgaçamento e perda de muitas ou de todas as células produtoras de ácido e de enzimas. Esta perturbação afecta normalmente as pessoas mais velhas. Também tem tendência para ocorrer nas pessoas a quem foi extirpado parte do estômago (procedimento cirúrgico chamado gastrectomia parcial). A gastrite atrófica pode provocar anemia perniciosa porque interfere com a absorção da vitamina B12 presente nos alimentos.

- Sinais e Sintomas

A maioria dos casos crônicos não apresenta sintomas.
Já na gastrite aguda, quando existem queixas, são muito variadas:
  • dor e queimação no abdômen
  • azia
  • perda do apetite
  • náuseas e vômitos
  • distensão epigástrica (região do estômago)
  • sensação de saciedade alimentar precoce, mesmo com a ingestão de pequenas porções de alimentos.
  • sangramento digestivo, nos casos complicados, demonstrado pela evacuação de fezes pretas (melena) e/ou vômitos com sangue (hematêmese).
Por deficiência de absorção de Vitamina B12 e ácido fólico , pode ocorrer anemia manifestada por:
  • fraqueza
  • ardência da língua (glossite)
  • irritação dos cantos dos lábios (comissurite)
  • diarréia
  • mais raramente, alterações neurológicas envolvendo memória, orientação e coerência, quadro clínico relacionado à gastrite atrófica.
 
- Diagnóstico
Na gastrite aguda, baseando-se na história clínica, sendo em geral desnecessário exames.
Na suspeita de complicações, como a hemorragia, a endoscopia digestiva alta é o exame indicado. A endoscopia é um exame que permite enxergar diretamente a mucosa, mostrando alterações sugestivas de algum tipo de gastrite.
Entretanto, 40% dos casos de gastrite crônica nada mostram.
Por isso, considera-se que o diagnóstico das gastrites crônicas é, fundamentalmente, histológico, ou seja, pelo exame microscópico de fragmentos da mucosa colhidos por pinça de biópsia que passa através do próprio endoscópio.

- Tratamento
O tratamento está relacionado ao agente causador. Nos casos de gastrite aguda associada ao uso de medicações antiinflamatórias, sua suspensão e/ou substituição, associada ao uso de medicamentos que neutralizem, que inibam ou bloqueiem a secreção ácida do estômago, é o tratamento básico.
A endoscopia, mais utilizada nos casos de gastrite aguda acompanhada de sangramento, além de poder fazer o diagnóstico, pode interromper a hemorragia aplicando variados tratamentos locais. Não há consenso sobre a vantagem de tratar a bactéria Helicobacter pylori quando há gastrite sem úlcera, pois não tem sido observada uma melhora significativa dos sintomas digestivos. Nos casos em que há a indicação do tratamento para a erradicação da bactéria, este consiste na administração de antibióticos e de bloqueadores da produção de ácido gástrico.
- Prevenção
Evitar o uso de medicações irritativas como os antiinflamatórios e a aspirina, evitar medicamentos sem ordem medica e não ir diretamente na farmacia, pois eles dão remedios apenas para alivio da dor, informando curar seu estomago. evite tomar eno, sal de fruta, e antiacidos pois eles não aliviam nem curam gastrite, so servem para indigestão. Muitas pessoas confundem e recorrem a medicamentos que so vem a prejudicar o seu estado. gastrite é dor, vomitos, e não somente indigestão. Evitar o abuso de bebidas alcoólicas e do fumo. Existem controvérsias quanto ao hábito da ingestão de café e chá preto influir nas gastrites, por isso o seu consumo deverá depender da tolerância individual. A melhoria das condições sanitárias, do tratamento da água de consumo doméstico, da higiene pessoal (lavar as mãos antes de tocar alimentos ), dos cuidados no preparo e na conservação dos alimentos, faz decrescer significativamente as vítimas das toxinfecções alimentares (gastroenterites).

De : Patricia R   N° 29    2°D


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Doenças Sistema Digestório: Câncer no Intestino.

O Câncer de intestino é um dos mais freqüentes tumores do tubo digestivo, sendo que a cada ano cerca de 160 mil novos casos são diagnosticados nos Estados Unidos e em torno de 57 mil desses pacientes morrem da doença. Está entre as principais causas de morte por câncer, considerando os de pulmão, mama na mulher e próstata no homem.No Brasil, este tipo de câncer está em quarto lugar entre os tumores mais freqüentes do sexo masculino, atrás apenas do câncer de estômago, pulmão e próstata.
A doença começa sempre como uma lesão benigna que vai evoluindo lentamente até transformar-se num tumor maligno. 
Para uma melhor abordagem desse tema é conveniente recordarmos que o tubo digestivo está constituído pelo esôfago, estômago e intestino. Este por sua vez compreende dois segmentos distintos: Um segmento mais fino localizado após o estômago, chamada intestino delgado que está relacionado com a digestão e a absorção dos alimentos, e outro segmento mais grosso, o intestino grosso, que tem a função de armazenar, absorver água e nutrientes e excretar resíduos não aproveitados pelo organismo através das fezes.
O intestino grosso, por sua vez, é dividido em duas partes: o cólon e o reto. O cólon é a parte que se continua a partir do intestino delgado e vai até o reto, parte final do intestino grosso. As fezes formadas no intestino grosso são eliminadas pelo ânus.

Enquanto o câncer é muito raro nesse segmento mais fino (intestino delgado), é muito freqüente no intestino grosso. A doença começa sempre como uma lesão benigna que vai evoluindo lentamente até se transformar num tumor maligno. Nessa longa fase de benignidade, é possível retirar a lesão e com isso impedir sua degeneração e o aparecimento do câncer, daí a grande importância de sua prevenção. 


Diagnóstico precoce:

É o emprego de exames para verificar a existência de um problema de saúde em pessoas que não apresentam sintomas.

O diagnóstico precoce do câncer é muito importante porque a identificação da doença, quando ainda não há sintomas, geralmente significa que a doença está em estágio inicial, onde as chances de cura são bem maiores.

Por conseguinte, o bom resultado do tratamento do câncer do cólon e do reto está diretamente relacionado ao diagnóstico precoce, ou seja, quanto mais cedo se faz o diagnóstico, maior o índice de cura, chegando-se a mais de 90% nos casos iniciais.

Fatores de risco para o câncer do cólon e do reto:

Atualmente acredita-se que o câncer do cólon e do reto seja causado por uma associação de fatores genéticos e ambientais.

Dentre esses fatores de risco podemos citar:

1) Dieta com alto teor de gordura e pequena quantidade de fibra:
Entre os ambientais, os fatores dietéticos são muito importantes. Alimentação rica em gordura animal, pobre em fibra e rica em corantes favorece a incidência desse tipo de câncer. É importante citar os corantes porque são elementos químicos que poderiam ser eliminados sem prejuízo, principalmente no Brasil onde existem pigmentos naturais que colorem os alimentos. Os corantes são fatores de risco porque liberam nitrosaminas no intestino, substâncias reconhecidamente cancerígenas. Se prestarmos atenção, veremos que atualmente as crianças ingerem uma quantidade enorme de corantes nos doces, balas, pirulitos, gelatinas e alguns refrigerantes. Atualmente até o algodão doce não é mais branco. É azul, cor-de-rosa, verde...

Na dieta rica em gordura predominam as carnes gordas, a manteiga e os queijos amarelos. A carne vermelha em si não é um alimento nocivo, mas a gordura que a acompanha é bastante, especialmente quando a carne é levada à brasa. Os alimentos salgados e defumados (lingüiças, salames, salaminhos), assim como os corantes, contêm substâncias carcinogênicas. Embora possamos usar o azeite, as frituras devem ser evitadas porque o óleo e/ou azeite se decompõe quando vai ao fogo. Recomenda-se evitar e não abolir, pois a alimentação deve ser agradável ao paladar e variada. Se a pessoa gosta de gordura animal não deve privar-se de saboreá-la, mas deve usá-la com moderação e aumentar a quantidade de verduras, frutas, legumes e cereais ingeridos. Estes alimentos são ricos em fibras que protegem realmente o intestino porque facilitam a evacuação, vez que aumentam o bolo fecal, aceleram o trânsito intestinal e diminuem o tempo de contato das substâncias carcinogênicas com a parede do intestino.

Obviamente que isso não ocorre de um dia para o outro. Acredita-se que o tempo para o desenvolvimento de câncer colorretal seja de décadas, por isso a idade de maior incidência do câncer de cólon está em torno dos 60 anos.

2) Hábitos e estilo de vida:

Estudos mostram que indivíduos que não praticam exercícios têm maior
risco em desenvolver câncer colorretal. Além disso, o fumo e o álcool estão direta e indiretamente relacionados com vários tipos de tumores, incluindo o câncer do cólon e do reto.

Na verdade, o que está ocorrendo com o ser humano contemporâneo é um afastamento de padrões mínimos de qualidade de vida, muitas vezes por culpa do próprio indivíduo que não gerencia adequadamente seu tempo, nem mesmo para alimentar-se corretamente. Além disso, o homem vive sob "stress" e sem lazer, fuma para diminuir a ansiedade e assim por diante.

Todas as pessoas devem refletir sobre seu estilo de vida e buscar equilíbrio dentro de suas possibilidades. O resultado aparecerá, não só com relação à prevenção do câncer de cólon, mas também com relação à prevenção de doenças cárdio-vasculares e da obesidade, objetivando uma vida saudável.

3) Idade:

Quanto maior a idade, maior o risco. A idade é um fator de risco muito importante, não só para os tumores de intestino, mas também para outros tipos de patologias. O câncer colorretal é mais comum após os 50 anos, contudo a doença pode ocorrer em pessoas mais jovens.

4) Pólipos:

Os pólipos são tumores benignos, parecidos com verrugas que se desenvolvem na parede interna do cólon e reto. Cerca de 60% dos pólipos do intestino são adenomas, os quais apresentam potencial para malignização. Por esse motivo, os pólipos de intestino do tipo adenoma são considerados lesões pré-cancerosas e daí a importância de seu diagnóstico e tratamento precoces para evitar a evolução para tumor maligno. Os demais tipos de pólipos do intestino são de menor importância clínica por não apresentar esse potencial para malignização.

Aproximadamente 5 em cada 100 adenomas se malignizam, sendo que esse processo se dá entre 10 e 15 anos. São mais comuns após os 50 anos, porém podem aparecer em idade mais precoce, especialmente se houver história de câncer colorretal na família. Cerca de 40% dos indivíduos com mais de 60 anos apresentam pólipos.

Muitas evidências sugerem que a maioria dos tumores do intestino grosso se desenvolve a partir de pólipos benignos.

Quem já teve no passado um pólipo intestinal tipo adenoma tem uma chance muito maior que a população em geral de apresentar nova lesão, podendo chegar até a 50% de possibilidade. Quem já teve vários pólipos, a chance pode chegar até a 80% de desenvolver novo pólipo.

5) História familiar de câncer intestinal:

Quanto mais pessoas de uma mesma família tiveram diagnóstico de câncer colorretal, maior o risco de desenvolver a doença.
Se o indivíduo tiver parentes próximos (pai, mãe, irmão, tios ou avós) que tiveram câncer de intestino o risco de contrair a doença aumenta muito especialmente se a doença acometeu um parente com menos de 40 anos de idade. Por isso, a partir dos 40 anos, para quem tem na família caso de câncer de intestino deve fazer periodicamente um exame endoscópico chamado colonoscopia.

Atualmente está bem estabelecido que há doenças hereditárias relacionadas ao câncer colorretal. Dentre elas estão o Câncer Colorretal Hereditário Sem Polipose (HNPCC = "Hereditary Nonpoliposis Colorectal Cancer") e Polipose Adenomatosa Familiar (FAP).

Ambas são doenças hereditárias, ou seja, que são transmitidas de pais para filhos, caracterizadas pela presença de vários casos de câncer colorretal na família. A Polipose Adenomatosa Familiar ou FAP corresponde a 1% dos casos de câncer colorretal. Caracteriza-se por centenas de pólipos em todo o intestino que podem ser detectados na puberdade. Uma vez detectados, se não removidos transformam-se em câncer.

Para determinar a presença de uma doença hereditária, além da avaliação de um médico especialista, é necessário um teste de predisposição ao câncer colorretal hereditário (exame de sangue que determina o gene alterado). Em um futuro ainda sem previsão, a meta será a correção do defeito genético herdado, evitando que a doença se manifeste em outras gerações.

6) Antecedentes pessoais de câncer:

Mulheres que tiveram câncer de ovário,
corpo do útero (endométrio) ou mama têm maior risco de desenvolver câncer colorretal. Quem já teve câncer de intestino no passado deve ficar atento ao funcionamento do intestino, pois o risco de desenvolver um segundo tumor é alto quando comparado ao de outras pessoas sem história pregressa de câncer.

7) Doença intestinal inflamatória:
A retocolite ulcerativa e a doença de Crohn são doenças inflamatórias benignas que causam inflamação em graus variados na mucosa do intestino grosso. As doenças inflamatórias intestinais estão associadas ao maior risco de câncer colorretal, especialmente em indivíduos com doença com mais de 8 anos de evolução.


Quadro clínico:

Os sintomas do câncer de intestino são extremamente vagos, como mudança do ritmo intestinal, isto é, prisão de ventre ou diarréia sem causa alimentar aparente, bem como anemias sem origem definida.

É o caso do indivíduo que evacua uma vez diariamente e de repente passa três dias sem evacuar ou evacua quatro vezes no mesmo dia sem que haja uma alteração na sua alimentação. Essa mudança do ritmo intestinal é um sinal de alerta indicativo de que o médico especialista (coloproctologista ou gastroenterologista) deve ser consultado para uma melhor investigação do quadro clínico.

Dependendo da localização do tumor, os sintomas são diferentes. Se ele estiver localizado no lado direito do abdome, as principais queixas serão enfraquecimento, anemia e alteração do ritmo intestinal com predomínio de diarréia. Se estiver do lado esquerdo, há também alteração do ritmo intestinal com predominância de constipação intestinal, ou seja, prisão de ventre. Quando o tumor se localiza no reto, o principal sinal do tumor é o sangramento. Sangue e puxo (ou tenesmo), caracterizado pela vontade periódica de ir ao banheiro e insatisfação provocada pela sensação de evacuação incompleta são sinais de câncer ou de doença inflamatória no reto. Resumindo, qualquer alteração no ritmo intestinal (constipação ou diarréia), anemia, sangue ou catarro nas fezes e emagrecimento são indícios de que o indivíduo pode estar com a doença. Na prática clínica é muito comum pacientes com sangramento retal atribuírem erroneamente a hemorróidas. É importante ficar alerta porque "nem tudo que sangra é hemorróida, pois câncer de intestino também sangra". Entretanto, há uma pequena diferença entre os tipos de sangramento. Na hemorróida o sangue vivo não se encontra misturado às fezes, ao passo que no câncer do intestino o sangue de cor viva vem misturado a elas. Para o paciente é difícil estabelecer essa distinção. Por isso, toda a pessoa que tem sangramento pelo ânus deve procurar o médico especialista para submeter-se a uma investigação clínica incluindo exame de toque retal e exame endoscópico, a fim de diagnosticar corretamente a doença. Isso é imperativo porque o câncer de reto é muito freqüente e um simples toque retal permite identificá-lo, além de possibilitar o exame da próstata nos homens.

Enfatizamos que a participação de um especialista é muito importante não somente para fazer o diagnóstico diferencial com outras doenças que podem apresentar os mesmos sintomas de um tumor de intestino, mas também porque a sua orientação clínica e a solicitação do exame da colonoscopia com biópsias de tecidos suspeitos firmará o diagnóstico.
A biópsia é o único exame que pode determinar a presença do câncer. Uma vez diagnosticado o câncer, são realizados outros exames para determinar a extensão da doença (estadiamento). À partir deste ponto, uma equipe multidisciplinar constituída por: cirurgião geral ou coloproctologista, oncologista clínico, radioterapêuta, enfermeiro, nutricionista e psicólogo estarão acompanhando todo o tratamento.

Principais exames para o diagnóstico precoce do câncer colorretal:

- Toque retal
- Colonoscopia

Colonoscopia:

Em relação à prevenção do câncer de reto o diagnóstico é muito simples porque pode ser feito pelo exame de toque retal no consultório. Já o diagnóstico de câncer de cólon exige um exame chamado colonoscopia, cuja descoberta representou o maior avanço no conhecimento das doenças do aparelho digestivo. Esse exame permite a identificação não só de processos inflamatórios e tumores, como até de pequenos pólipos. Vimos que pólipo é uma verruga que começa bem pequena, do tamanho de uma cabeça de alfinete, com tendência a crescer e se transformar em câncer. Entretanto o seu crescimento é lento e leva de 10 a 15 anos para degenerar e se transformar num tumor maligno. Por isso o câncer de intestino leva vantagem, se comparado com os demais, que já se instalam como tumor maligno. É possível reconhecer o fator que o precede, visto que começa como um pólipo que cresce bem devagar.

A colonoscopia é um exame realizado por aparelho de fibra ótica, longo e flexível com cerca de 180 cm de comprimento, introduzido através do ânus, que permite a visualização do reto e de todo o cólon em mais de 95% das vezes. Para a realização do exame é necessário limpeza intestinal, feita com laxantes ou lavagem intestinal. Durante o preparo, é importante beber água em abundância para evitar a desidratação.

Antes do exame o médico administra um sedativo e um analgésico, em seguida o aparelho é conduzido por todo o intestino grosso e toda extensão de sua parede interna é examinada. Se for verificada a presença de pólipos, estes são removidos e enviados para exame anatomopatológico. Ao término desse procedimento o paciente é liberado, não sendo necessária internação.

Vantagens: A colonoscopia é na verdade o melhor, o mais sensível e específico procedimento para o diagnóstico de pólipos e de câncer do cólon e reto. Serve também para a prevenção e tratamento, ou seja, para a retirada de pólipos, que são analisados posteriormente através de exame de anátomo patologia.

Desvantagens: tem custo mais elevado que os demais exames utilizados para a mesma finalidade, devendo ser executado por profissional idôneo e especializado.

Outros exames utilizados para o diagnóstico precoce do câncer colorretal:
ü Pesquisa de sangue oculto nas fezes;
ü Retossigmoidoscopia;
ü Enema opaco com duplo contraste;
ü Colonoscopia virtual


Pesquisa de sangue oculto nas fezes:

Esse exame detecta a presença de sangue escondido (oculto) nas fezes. A presença de sangue pode ocorrer por sangramentos de úlcera gástrica, hemorróidas, doença inflamatória intestinal, pólipos intestinais ou câncer colorretal. São necessárias três amostras de fezes consecutivas e devem ser evitados alguns tipo de alimentos, alguns dias antes do exame.

Vantagens: É um exame barato, simples, de fácil realização e não causa desconforto ao paciente. Esse exame oferece a vantagem de poder detectar o câncer em estágios precoces e não os pólipos do tipo adenomas que, quando pequenos e médios, não sangram. Embora detecte cerca de 10% dos pólipos e metade dos casos de câncer esse exame mostrou-se útil quando associado a outros métodos diagnósticos. Desvantagens: Seu maior problema é o fato da ingestão de algumas frutas e de carne vermelha provocar resultados falsos-positivos, ou seja o exame indica presença de sangue nas fezes, mas na realidade não há nenhum sangramento no tubo digestivo. Em geral isso pode ocorrer em decorrência da falta de orientação do laboratório que realizou o exame quanto as restrições dietéticas necessárias a realização do exame.

Retossigmoidoscopia: 

Exame realizado através de um tubo rígido de 25 cm de comprimento (retossigmoidoscopia rígida), ou por meio de um aparelho flexível de fibra ótica com 70 cm de comprimento (retossigmoidoscopia flexível) que é introduzido pelo ânus e permite visualizar internamente o reto e parte do cólon. Se for encontrada alguma lesão que possa indicar presença de tumor, uma biópsia deve ser realizada. Na manhã do exame é recomendado realizar uma refeição leve. É necessário uma pequena lavagem intestinal do paciente antes do exame.

Desvantagem: O aparelho alcança apenas o reto e parte do cólon, portanto não possibilita ser usado isoladamente como método de pesquisa de tumores em toda extensão do intestino grosso.

Enema opaco com duplo contraste: 

Nesse exame radiológico o ar é injetado após a remoção do bário previamente introduzido no cólon por via baixa, o que faz que as lesões sejam evidenciadas pelo bário (contraste) que ficou retido. Essa técnica é mais sensível do que o enema convencional para a detecção de pólipos.

O exame requer um preparo com laxantes que se inicia 24 horas antes e sua realização é bastante desconfortável para o paciente.
Vantagens: permite visualizar todo o cólon e o reto, sendo empregado quando não for possível realizar a colonoscopia.

Desvantagens: Esse procedimento se destina ao diagnóstico das patologias do intestino grosso, entretanto não dispõe dos recursos da colonoscopia que possibilita a biópsia de tumores e a ressecção de pólipos. Além do desconforto o enema opaco não é capaz de detectar todos os tumores e pólipos pequenos.

Colonoscopia virtual:

Trata-se de uma tomografia computadorizada em três dimensões capaz de produzir imagens de todo o cólon de maneira rápida, não invasiva, sem a necessidade de sedação do paciente. Existem evidências de sua eficiência como exame de rastreamento dos tumores do cólon e reto, no entanto esse exame ainda não é facilmente disponível em nosso meio.

Prevenção do câncer do intestino:

A prevenção significa evitar os fatores de risco e aumentar os fatores protetores. Alguns fatores de risco como a idade não podem ser evitados, contudo estudos realizados na população permitem identificar situações ou hábitos que podem reduzir ou aumentar a chance de uma pessoa desenvolver a doença. Dentre os fatores protetores citamos:

ü Dieta rica em fibras e com pouca gordura de origem animal;
ü Prática de exercício físico de forma regular;
ü Não consumir fumo, bebidas alcóolicas e alimentos com corantes;
ü Remover pólipos (colonoscopia);
ü Observação: através de estudos, ainda não concluídos, observou-se que o uso de algumas substâncias reduzem o risco de desenvolvimento do câncer colorretal. Dentre essas substâncias estão as vitaminas E e C, o cálcio e o selênio, todavia o seu uso deve ser realizado sob supervisão médica, dentro de protocolos de pesquisa.
Prisão de ventre e hábitos intestinais:

A evacuação ideal deve ser diária e se caracteriza pelo bolo fecal consistente sem ser duro ou pétreo, nem líquido, vez que a evacuação diarreica é nociva para a nutrição da mucosa intestinal.

Os hábitos de evacuação, às vezes, se transformam num verdadeiro martírio para as pessoas que têm dificuldade para usar o banheiro e estabelecer horários para o intestino funcionar. Fisiologicamente é a cabeça da pessoa que comanda o intestino, porque na realidade é ela que comanda tudo. Quem tem intestino ressecado geralmente come mal. As pessoas pensam que se alimentam bem, mas uma folhinha de alface no prato é o suficiente para acharem que comeram salada. É preciso comer um prato enorme de salada para ingerir os ideais 20 ou 30 gramas de fibras. Quem não consegue fazer isso, deve complementar com frutas ou duas colheres de farelo de trigo ou de outro produto que contenha fibras preferencialmente de manhã adicionados ao leite ou ao iogurte, por exemplo. Outra coisa a ressaltar é que as pessoas, sobretudo as mulheres, comem fibras, mas não tomam o líquido necessário para a formação do bolo fecal. Mulher é avessa a tomar líquido, embora devesse tomar pelo menos 2 litros por dia.

De um modo geral as mulheres são mais obstipadas porque se alimentam pior. Gostam de docinhos ricos em hidrato de carbono e, como têm a preocupação de não engordar, ingerem uma quantidade menor de alimentos. E também não bebem água. Além disso, são exigentes com a limpeza e não usam qualquer toalete quando estão na rua ou no shopping. Às vezes, têm vontade de ir ao banheiro mas não vão. O mecanismo reflexo da evacuação é muito interessante. Se elas deixam escapar aquele momento porque estão com pressa ou porque não podem parar com o seu trabalho, o reflexo só reaparece no dia seguinte quando as fezes já estão endurecidas porque houve absorção da água que continham. Fezes duras, ou fecalitos, são difíceis de eliminar e surge a dor, a fissura, as hemorróidas. Progressivamente, para se defenderem, começam a tomar laxantes e instala-se um círculo vicioso. O intestino se acostuma, perde o reflexo, e elas são obrigadas a tomar quantidades crescentes desses remédios.

Do ponto de vista fisiológico, não existe um número ideal de evacuações diárias. Na verdade é variável, pois o tamanho do intestino difere de uma pessoa para outra. Os indivíduos que têm intestino mais longo necessitam de quantidade maior de fibras e evacuam menos. No entanto não é o número de evacuações diárias que interessa. O importante é ir ao banheiro uma vez ou duas por dia, ou dia sim, dia não, mas sem necessidade de fazer força para evacuar.

A consistência pastosa do bolo fecal deve proporcionar fácil eliminação. 



POR: TAYNÁ ARANTES Nº33 2°EMD